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sábado, 31 de março de 2012

História do Sabão

Sabão é um produto tensoativo usado em conjunto com água para lavar e limpar. Sua apresentação é variada, desde barras sólidas até líquidos viscosos.
Do ponto de vista químico, o sabão é um sal de ácido graxo. Tradicionalmente, o sabão é produzido por uma reação entre gordura e hidróxido de sódio e de potássio e carbonato de sódio, todos álcalis (bases) historicamente lixiviados das cinzas de madeiras de lei. A reação química que produz o sabão é conhecida como saponificação. A gordura e as bases são hidrolisadas em água; os gliceróis livres ligam-se com grupos livres de hidroxila para formar glicerina, e as moléculas livres de sódio ligam-se com ácidos graxos para formar o sabão.[1]
Muitos produtos de limpeza atuais não são tecnicamente sabões, mas detergentes, de produção mais barata e simples.

Índice

Etimologia

A palavra portuguesa "sabão" provém do latim sapo ("sabão"). O termo latino, por sua vez, tem origem no germânico *saipo-.[2] O latim sapo é cognato com a forma latina sebum, "sebo".

Ação

O sabão limpa porque as suas moléculas se ligam tanto a moléculas não-polares (como gordura ou óleo) quanto polares (como água). Embora a gordura geralmente adira à pele ou à roupa, as moléculas de sabão ligam-se à gordura e tornam-na mais fácil de ser enxaguada em água. Quando aplicada a uma superfície suja, a água com sabão mantém as partículas de sujeira em suspensão, para que o conjunto possa ser enxaguado com água limpa.
O hidrocarboneto dissolve sujeira e óleos, enquanto que a porção ionizada torna o sabão solúvel em água. Assim, permite que a água remova matéria normalmente insolúvel em água, por meio da emulsificação.

História

Primórdios

Os vestígios mais antigos da produção de materiais semelhantes ao sabão datam de cerca de 2800 a.C., na antiga Babilônia. Conhece-se uma tábua de argila datada de 2200 a.C. na qual foi escrita uma fórmula de sabão contendo água, álcali e óleo de canela-da-china (Cinnamomum aromaticum).
O Papiro de Ebers (Egito, 1550 a.C.) indica que os antigos egípcios se banhavam regularmente e combinavam óleos animais e vegetais com sais alcalinos para criar uma substância semelhante ao sabão. Os documentos egípcios mencionam o uso de uma substância saponácea na prepararação da para a tecelagem.

Roma antiga

Os antigos romanos em geral ignoravam as propriedades detergentes do sabão. Para limpar a pele, usavam o strigilis para raspar do corpo a sujeira e o suor. A palavra "sabão" (sapo, em latim) aparece pela primeira vez na Naturalis Historia, de Plínio, o Velho, ao discutir a produção de sabão a partir de sebo e cinzas, mas o único uso que registra para o produto é numa pomada para o cabelo; em tom de desaprovação, menciona que entre os gauleses e germanos os homens costumavam utilizá-lo mais do que as mulheres.[3]
O alegado achado de restos de uma fábrica de sabão nas ruínas de Pompéia é visto hoje como equivocado.

Era moderna


Propaganda de revista do sabão Palmolive em 1922.
O sabão vegetal (sem gordura animal) começou a ser produzido na Europa a partir do século XVI.
Nos tempos modernos, o uso do sabão generalizou-se nos países industrializados, devido a uma compreensão maior da importância da higiene na redução dos agentes patogênicos. As primeiras barras manufaturadas de sabão surgiram no final do século XIX, quando campanhas publicitárias nos Estados Unidos da América e na Europa conscientizaram a população para a relação entre limpeza e saúde.

Produção comercial

Até o advento da Revolução Industrial, a produção de sabão mantinha-se em pequena escala e o produto era grosseiro. Andrew Pears iniciou a produção de sabão transparente e de alta qualidade em 1789, em Londres. Com seu neto, Francis Pears, abriu uma fábrica em Isleworth em 1862. William Gossage produzia sabão de boa qualidade e preço baixo a partir dos anos 1850. Robert Spear Hudson passou a produzir um tipo de sabão em pó em 1837, socando o sabão com pilão. William Hesketh Lever e seu irmão James compraram uma pequena fábrica de sabão em Warrington (Inglaterra), em 1885, fundando o que ainda é hoje um dos maiores negócios de sabão do mundo, a Unilever. Estes produtores foram os primeiros a empregar campanhas publicitárias em larga escala
A fabricação de sabão é, sem dúvida, uma das atividades industriais mais antigas de nossa civilização. Sua origem remonta a um período anterior ao século XXV a.C..
Nesses mais de 4500 anos de existência, a indústria saboeira evoluiu acumulando enorme experiência prática, além de estudos teóricos desenvolvidos por pesquisadores.
Tecnicamente, a indústria do sabão nasceu muito simples e os primeiros processos exigiam muito mais paciência do que perícia.
Tudo o que tinham a fazer, segundo a história, era misturar dois ingredientes: cinza vegetal, rica em carbonato de potássio, e gordura animal. Então, era esperar por um longo tempo até que eles reagissem entre si.
O que ainda não se sabia era que se tratava de uma reação química de saponificação.
O sabão, na verdade, nunca foi “descoberto”, mas surgiu gradualmente de misturas de materiais alcalinos e matérias graxas (alto teor de gordura).
Os primeiros aperfeiçoamentos no processo de fabricação foram obtidos substituindo as cinzas de madeira pela lixívia rica em hidróxido de potássio, obtida passando água através de uma mistura de cinzas e cal.
Porém, foi somente a partir do século XIII que o sabão passou a ser produzido em quantidades suficientes para ser considerado uma indústria.
Até os princípios do século XIX, pensava-se que o sabão fosse uma mistura mecânica de gordura e álcali.
Foi quando Chevreul, um químico francês, mostrou que a formação do sabão era na realidade uma reação química.
Nessa época, Domier completou estas pesquisas, recuperando a glicerina das misturas da saponificação.
Durante 2.000 anos, os processos básicos de fabricação de sabões permaneceram praticamente imutáveis.
As modificações maiores ocorreram no pré-tratamento das gorduras e dos óleos, na obtenção de novas e melhores matérias-primas, no processo de fabricação e no acabamento do sabão, por exemplo, na secagem por atomização para obtenção do sabão em pó.
Fonte: www.crq4.org.br
História do Sabão

SABÃO COMUM

História do Sabão
Você Sabia que ...
Os sabões são produzidos a partir de óleos e gorduras através de reações de saponificação. Sabendo-se disto, como é possível o próprio sabão retirar "sujeiras" das roupas e de panelas que em geral são gorduras e óleos?

Ingredientes para sabão caseiro

Fórmula 01
Quantidade para
32 Kg 3,2 Kg 1,6 Kg

Sebo bruto 10 Kg 1 Kg 500g
Breu - pedaços 4 Kg 0,4 Kg 200 g
soda cáustica 2 Kg 0,2 Kg 100 g
Água pura 16 L 1,6 L 800 mL
A produção de sabão
Você pode produzir o sabão comum, que indicamos, de uma uma forma quase industrial utilizando latas vazias de 18 litros.
Deixe o sabão esfriar para endurecer na mesma lata que foi feito.
Quando o sabão estiver duro vire a lata de boca para baixo, o bloco de sabão sairá, pronto para ser cortado.
Modo de Preparação
Levar ao fogo o sebo, para fundir, pondo-se, depois, o breu, em pedaços, para derreter, agitando-se.
Feito isto, junta-se a soda, dissolvida em 15 litros de água pura e deixa-se ferver.
Assim que a massa subir, junta-se a terça parte do resto da água e deixa-se ferver novamente; subindo, outra vez, junta-se a metade da água, deixando-se ferver, com pouco fogo; quando torna a subir, junta-se o resto da água e mantém-se pouco fogo, até subir novamente, quando se retira do fogo o sabão, despejando-o nas formas, para ser cortado, em máquina própria ou com fio de arame, depois de frio.
Se preferir adicione uma essência.

Ingredientes para sabão de laboratório

Fórmula 02
Quantidade para 48 mL

Água pura
10 mL
Óleo 20 mL
Soda cáustica 3 g
Etanol 15 mL
Sal de cozinha qsp
Modo de Preparação
1) Dissolva cerca de 3 g de NaOH em 10 mL de água destilada em um béquer de capacidade para 100 mL. béquer nº 1.
2) Adicione cerca de 15 mL de etanol e agite vigorosamente a solução, usando um bastão de vidro.
3) Acrescente 20 mL de óleo comestível (de soja, milho, amendoim) e aqueça cuidadosamente até a ebulição, mexendo continuamente com o bastão de vidro.
O aquecimento deve ser controlado para evitar que o material transborde. Deve-se interromper o aquecimento tão logo se verifique que não há mais gotículas de óleo em suspensão no béquer 1.
4) À parte, pegue um copo de bécker com cerca de 50 mL de água e vá adicionando aos poucos cloreto de sódio (sal de cozinha) até que o sal comece a se precipitar para o fundo do recipiente.
5) Em outro béquer nº 2, coloque cerca de 30 mL, da solução de cloreto de sódio que foi preparada e adicione o material que se encontra no béquer 1. aqueça o béquer 2 por alguns minutos, apague a chama e deixe o sistema resfriar me repouso.
A massa sobrenadante na solução do béquer 2 é o sabão.

Ingredientes para sabão frio

Fórmula 03
Quantidade para 13 Kg

Água pura
8 L
Soda cáustica (escamas)
1 Kg
Óleo
2 L
Detergente
2 copos
Sabão em pó
1 copo
Sebo derretido
2 L
Fubá ou maizena
2 copos ou 4 colheres
Modo de Preparação
Misture o sabão em pó , detergente e o fubá em um litro de água e reserve.
Dissolva a soda no restante da água, em seguida coloque o restante dos ingredientes e misture sem parar até começar a ficar duro, deixe de um dia para outro para cortar.
Use colher de madeira e vasilha de plástico, para esta finalidade.

Ingredientes para sabões diversos

Fórmula 04

SABÃO DE COCO
SABÃO BRANCA DE NEVE
SABÃO BRANCO
Sebo derretido 3800 gramas 1 Kg 4300 gramas
Óleo de coco 1Kg 800 gramas 500 gramas
Soda 99% 800 gramas 800 gramas 800 gramas
Caulim Branco 500 gramas 500 gramas 500 gramas
Água 3 a 5 litros 4 a 5 litros 4 a 8 litros
Modo de Preparação
Um dia antes deixar a Lixivia pronta.
A outra metade de água, misturar com o Caulim.
Ajuntar as duas águas (Soda e Caulim) somente quando for
preparar o sabão.
Derreter as gorduras (Sebo e óleo), em uma outra lata
Depois de derretidas, coe em 1 ou 2 peneiras de malhas
finas (uma sobre a outra).
Quando as gorduras estiverem mornas, despejar a Lixívia,
mexendo-se. Depois de pronto colocar nas embalagens para secar e cortar.

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